quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Origem da Vida: Outros Modelos do Universo


Além da popular hipótese do Universo em expansão, embasada por resultados experimentais, há outras visões que tentam preencher algumas lacunas ainda não inteiramente explicadas. De forma resumida, esses modelos alternativos compreendem: (a) O Universo está em expansão, mas sem que tenha havido uma explosão inicial; (b) o Universo é estático; (c) o Universo tal e qual o conhecemos é eterno, sempre existiu, nunca teve um início e nunca terá um fim. Essa hipótese tem a virtude de eliminar o problema da singularidade. O Universo eterno encontra-se em expansão e possivelmente um dia se contrairá, o que será repetido infinitas vezes – se por um lado essa hipótese elimina a singularidade, por outro suscita indagações pertinentes à eternidade de um sistema; (d) o Universo estaria localizado dentro de um buraco negro; (e) o Universo que percebemos é apenas uma interseção entre outras dimensões e as quatro que conhecemos; e (f) o modelo do Universo é explicado pelas “supercordas”. Esse modelo, bastante complexo quando analisado em detalhes, representa uma tentativa de generalizar toda a física de forma a conter em seu bojo as singularidades que tanto perturbam os cosmólogos quando tratam de dimensões infinitas como as do Universo. Na teoria das cordas, uma unidade estrutural-energética consistiria em uma alça de corda, com uma dimensão equivalente ao comprimento de Planck, que é cerca de 10²0 vezes menor que o núcleo de um átomo. Essa unidade poderia vibrar de várias formas diferentes o que refletiria, então, as propriedades que observamos nos diversos elementos. Desse modo, os elementos, estáveis ou não, resultariam de cordas que vibram de maneira característica. Uma analogia usada por Brian Greene em seu livro ‘O universo elegante’ recorre à linguística para explicar as supercordas. Parágrafos são feitos de sentenças, as sentenças são compostas por palavras e as palavras por letras. O que seria então as letras? Para a teoria das supercordas, as letras seriam o equivalente a uma corda. Elaborar um modelo que pudesse generalizar a física foi o grande sonho frustrado de Einstein que dedicou grande parte de sua carreira à busca da teoria do campo unificado.

Além das hipóteses sérias até aqui descritas, existem algumas outras propostas mais exóticas. Por exemplo, a do Universo que continuamente se destrói e se recria, como se fosse uma gigantesca cobra realizando o milagre topológico de consumir-se e de gerar novas partes ao mesmo tempo.

Apesar de toda a polêmica vigente a respeito da origem do Universo, para nossa discussão subsequente sobre a vida basta que os leitores tenham compreendido como pensa a maior parte dos cosmólogos e como as evidências experimentais foram obtidas. As outras hipóteses, embora potencialmente corretas, não serão necessárias para os argumentos que serão desenvolvidos em breve.





1. Introdução
1.1 Como a Vida Surgiu e Como Evoluiu
2. A Origem da Vida
2.1 Monismo e Dualismo
2.2 O Universo
2.3 O Universo em Expansão




Fonte: Readaptação de AB INITIO de Franklin David Rumjanek

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